ParaíbaemQAP: “Aberração e crueldade”, diz jornalista, ao falar sobre salário de policiais na Paraíba
A disparidade salarial entre o que se paga a Investigadores Criminais da Polícia Civil da Paraíba e nos demais estados brasileiros continua sendo pauta de entrevistas na imprensa do estado. Desta vez, foi na Rádio Campina FM, de Campina Grande, que jornalistas se solidarizaram com os profissionais da segurança, durante entrevista com o vice-presidente da Associação dos Policiais Civis de Carreira da Paraíba (Aspol/PB), Frank Barbosa.
Frank voltou a mencionar a pesquisa realizada pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), que revela os números nacionais. O mesmo levantamento já havia sido feito pela Aspol, em 2016, e apresentado às autoridades paraibanas.
A perda de mais de 40% do salário quando o agente de segurança se aposenta também foi discutida no programa. Ao ter conhecimento dos dados, o diretor de jornalismo da Campina FM e apresentador do programa, Lenildo Ferreira, reprovou o tratamento dado aos policiais paraibanos.
“Isso é uma aberração. É de uma crueldade, que se nós vivêssemos em um país em que os direitos das pessoas fossem respeitados, isso é algo que jamais seria permitido”, afirmou.
“Agente fala tanto sobre direitos humanos, sobre direitos fundamentais, e nós temos uma realidade no país que aceita que quando alguém se aposenta ou sofre um acidente no trabalho, recebe essa punição. Já ouvimos aqui várias categorias que passam por isso: na hora de se aposentar, o prêmio é uma punição desse tamanho”, completou Lenildo.